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2 de maio de 2011

Samantha 01 - O Crime

"Tudo que eu queria era que ele não me perseguisse, eu já estava cansada de tanto me esquivar dos lugares que eu tanto gosto só para não vê-lo sorridente entre as pessoas que eu mais amo. Eu o avisei para não chegar perto de mim, eu o avisei para não tentar fazer algo com minha família, eu o avisei..."

Samantha abandonou o corpo de Patrick Judd no banco da praça 32. Antes de se retirar completamente dali olhou mais uma vez para o corpo estirado no banco, em sua têmpora esquerda estava cravado um pequeno dardo, ela ajeitou os seus cabelos amarelados atrás da orelha e se retirou dali entre os arbustos.


Quando chegou em casa Samantha apressou-se em descer até o sótão, era um esconderijo pessoal que sua mãe não costumava respeitar - Samantha minha filha, onde você esteve. Fiquei muito preocupada com você - a garota estava escondendo as mãos nos bolsos enquanto foi apertada pela mulher de cabelos loiros - você não viu na televisão, alguém matou o pobre coitado do Patrick, um garoto tão doce, tão jovem, ele não merecia isso - Sarah encarou a garota por alguns instantes e lhe beijou entre as sobrancelhas - eu também fiquei arrasada filha. Vou fazer um chá para tomarmos e mais tarde vamos visitar os Judd's e ver como estão - ela fez que sim com a cabeça e sentou-se em sua poltrona de couro amarela.

"Ele mereceu e não estou nenhum pouco arrependida de ter feito isso com ele. Foi ele quem pediu, foi ele quem me machucou primeiro"

Na cena do crime Mark, o detetive encarregado do assassinato, analisava com cautela os testemunhos dos ciclistas que haviam encontrado o corpo, eles realmente não sabiam de nada importante e a perícia não estava tendo muito sucesso em encontrar pistas além do dardo cravado na têmpora esquerda do rapaz - só temos esse dardo e se tivermos sorte encontraremos algum dna nele - Rubens, o perito, analisava a situação sem muitas expectativas - não sei quem foi o bastardo que fez isso, mas se o dna dele estiver nesse brinquedo, vamos pegá-lo - conclui Mark.

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